JOSÉ WILKER | GOTA EP.7

Descendente de holandeses e portugueses, era filho de Severino Wilker Almeida, um caixeiro-viajante e de Raimunda Almeida, uma dona de casa. José Wilker nasceu em Juazeiro do Norte, no dia 20 de agosto de 1944 e mudou-se com a família, ainda adolescente, para o Recife.

Seu primeiro trabalho foi aos treze anos, fazendo uma figuração no teleteatro da TV Rádio Clube, de Recife. Wilker ficava aguardando que o chamassem para alguma “ponta”. A primeira atuação foi como cobrador de jornal na peça Um Bonde Chamado Desejo, de Tennessee Williams. O início da carreira no teatro foi no Movimento de Cultura Popular (MCP) do Partido Comunista, dirigindo espetáculos pelo sertão e produzindo documentários sobre cultura popular. Em 1967, o ator transferiu-se para o Rio de Janeiro, ingressando no curso de Sociologia da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-RJ), abandonando depois o curso para seguir a carreira teatral.

Depois de ganhar o Prêmio Molière de Melhor Ator pela sua atuação na peça O Arquiteto e o Imperador da Assíria em 1970, o autor de telenovelas Dias Gomes o convidou para integrar o elenco de Bandeira 2 (1971), para viver Zelito, um dos filhos do bicheiro Tucão (Paulo Gracindo). Esse primeiro trabalho na televisão o tornou famoso em pouco tempo e o fez ter uma melhora pessoal e financeira depois de dez anos no teatro, fatos que o atraíram para a carreira na televisão.

Protagonizou pela primeira vez uma telenovela em 1975, como Mundinho Falcão, em Gabriela, adaptada por Walter George Durst do romance de Jorge Amado. Wilker interpretou ainda personagens memoráveis, como o Rodrigo, na telenovela Anjo Mau (1976), de Cassiano Gabus Mendes e Roque Santeiro, na telenovela homônima de Dias Gomes e Aguinaldo Silva.

Em 1976, o participou dos filmes Xica da Silva e Dona Flor e Seus Dois Maridos, em que interpretou o papel do boêmio Vadinho. Em 1979, foi Lorde Cigano em Bye Bye Brasil.

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No início dos anos 1980, passou a dirigir a Escola de Teatro Martins Pena. Dirigiu as telenovelas Louco Amor em 1983, e no ano seguinte Transas e Caretas. Em 1985, interpretou Roque Santeiro, personagem tema da telenovela homônima.

Em 1987, passou rapidamente pela extinta TV Manchete, acumulando as funções de diretor e ator nas telenovelas Carmem e Corpo Santo. Retornando à Globo, destacou-se em minisséries como Anos Rebeldes (1992) e Agosto (1993). Em 1996, foi também diretor do programa humorístico Sai de Baixo, e no mesmo ano publicou uma coletânea de crônicas em seu livro Como Deixar um Relógio Emocionado, como resultado de seu trabalho como crítico de cinema na TV Cultura, escrevendo também regularmente crônicas sobre o assunto para o Jornal do Brasil.

Viveu o personagem Antônio Conselheiro, no filme Guerra de Canudos lançado em 1997, em que também atuou como produtor. Em 2000, foi Dom Diego na minissérie A Muralha. Em 2003, assumiu o cargo de diretor-presidente da RioFilme. Em 2004 viveu Giovanni Improtta, um ex-bicheiro, na telenovela Senhora do Destino. Ficaram famosos seus bordões “felomenal” e “o tempo ruge, e a Sapucaí é grande”. No mesmo ano, atuou no filme O Homem da Capa Preta, como Tenório Cavalcanti. Em 2006, atuou na minissérie JK, no papel do presidente Juscelino Kubitschek e em 2007, viveu Luis Gálvez na minissérie Amazônia, de Galvez a Chico Mendes, e Francisco Macieira na telenovela Duas Caras. No ano seguinte, atuou na telenovela Três Irmãs e em 2009 na minissérie Cinquentinha. Em 2010, foi Dr. Mourão na série Na Forma da Lei e em 2011, viveu Zeca Diabo na minissérie em quatro capítulos O Bem-Amado, adaptadada do filme homônimo de 2010, em que também havia atuado. Ainda em 2011 foi Umberto Brandão na telenovela Insensato Coração e no ano seguinte foi a vez de Gabriela, interpretando o Coronel Jesuíno Mendonça, personagem que ficou marcado pelo bordão “eu vou lhe usar”. A telenovela foi um remake da trama original de 1975, em que o ator havia vivido Mundinho Falcão. Em 2013, um dos seus personagens mais famosos saiu da TV e foi para o cinema: Giovanni Improtta.

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Nome completo: José Wilker Almeida
Nascimento: 20 de agosto de 1944 – Juazeiro do Norte, CE
Falecimento: 5 de abril de 2014 (69 anos)
Ocupação: ator, diretor, dramaturgo, narrador, apresentador e crítico de cinema
Cônjuge: Renée de Vielmond (1976–1985) – Mônica Torres (1986–1996) – Guilhermina Guinle (1999–2006)

*texto WIKIPÉDIA – José Wilker

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