Por tOn Miranda
A gente aprende na escola que quando você quer exprimir uma qualidade num grau mais elevado o nome disso dá-se de superlativo, ou seja, algo que tem caráter de excelência. O meu convidado carrega em si uma lista incontáveis de adjetivos superlativos, ele é sinônimo de qualidade, dedicação e é um ariano destemido, ou seja, mesmo diante do medo, não permite ser paralisado por ele, ao contrário, mesmo com medo, ele enfrenta a vida experimentando seus sabores e dessabores que ela lhe apresenta.
Apesar do diminutivo carinhoso que carrega no apelido que virou seu nome em artes, Dinho Santoz é grande no fazer e no realizar. Dinho chegou no Canal Diversão & Arte em 2017, às vésperas de completarmos 01 ano de atividades, e trouxe consigo não só a SOMA, mas também a MULTIPLICAÇÃO de talentos e olhares. Um observador nato, traz no traço da sua personalidade a qualidade que muitas vezes faz um ator – um observador da vida. Aos poucos foi conquistando ao longo desses anos no Canal, um espaço não só de captador de imagem e diretor de edição, mas de apresentador e também ator.
Cinéfilo entusiasta de séries e filmes, é um dos mais apaixonados pela sétima arte da equipe, tanto que seu programa SETE é um dos mais promissores na grade de programação do Canal (recentemente acabou de idealizar e apresentar a série EM 4 TEMPOS onde trouxe 4 momentos da cinegrafia nacional de artistas de destaques do nosso audiovisual brasileiro).
Estou super honrado dele ser o primeiro da equipe do Canal Diversão & Arte a topar de participar da coluna PERFIL e responder as 28 perguntinhas permanentes e juntos traçarmos o seu perfil. Fiquem de olho nesse nome, DINHO SANTOZ, pois você vai ver e ouvir muito falar dele.
tOn Miranda: Qual a lembrança marcante você tem da sua infância?
Dinho Santoz: O cometa Halley! Em 1986… era madrugadinha… e eu criança o vi passar…aquela bola de fogo no céu. Eu lembro disso e as vezes parece que foi sonho, será?
tOn: O que te levou a se envolver com a área artística?
Dinho: A vontade de viver da imaginação, de outras vidas, outras experiências e dar vida a outras vidas. Por vezes em que me afastei, eu fui ‘trazido’ de volta, quando fui pra Comunicação Corporativa, fiz teatro na empresa. Implantei junto com outros parceiros de trabalho o universo lúdico como ações de incentivo e motivação no meio corporativo.
tOn: Quem é uma inspiração para você?
Dinho: Cinema sempre foi minha paixão. Então os grandes nomes da história do cinema sempre me inspiraram… Charles Chaplin, Godard, e os atuais Guilherme de Almeida Prado, com quem tive aulas, Zé do Caixão, que foi meu professor, Sonia Braga a grande atriz do cinema Universal e claro Fernanda Torres, desde O que é isso companheiro.
tOn: Qual o hábito mais chato das pessoas?
Dinho: Soberba, me irrita muito quando sinto ou percebo isso. Todos somos capazes e bons em alguma coisa e a vida é a troca. Não existe uma linha que divide pessoas em mais ou menos valor.
tOn: O que você vê como seus pontos fortes?
Dinho: Sou bom ouvinte e paciente, gosto de aprender e descobrir coisas novas, acho que isso são pontos fortes né?
tOn: Qual o mais distante você já esteve de casa?
Dinho: Posso responder metaforicamente?? (risos) Acho que foi quando eu não queria estar em casa. Quando não havia me encontrado nesse lugar que é minha casa, fosse onde fosse. Família, amigos. Hoje sei onde é minha casa. E me sinto nela! Até aqui me sentia um pouco distante de um lar.
tOn: Cite dois ou três pratos que remetem a sua infância e que eram especialmente memoráveis?
Dinho: Um prato típico do meu pai, que se foi tragicamente alguns anos. Mungunzá salgado. O dele era especial. Nunca mais provei sequer parecido.
tOn: Em que momento decidiu fazer do seu talento uma profissão?
Dinho: Sempre quis ‘viver de arte’, mas no caminho encontrei muitas barreiras. Muitas afirmações de que precisa mais, de mais, como nunca estivesse ao alcance. Quando entrei no Canal Diversão & Arte e me assumi no canal como parte efetiva dele, decidi que a partir dai jamais deixaria que as barreiras me impedissem e então tudo começou a mudar.
tOn: Qual artista faz a trilha sonora da sua vida?
Dinho: Amo música latina, mas não tenho uma trilha só. Tenho várias e em plena mutação. Hoje são as novas, amanhã as mais antigas. Desde Madonna, Perla – isso mesmo a paraguaia (risos), Manu, Pablo Alboran e muito MPB – Vania Abreu, Gal Costa, Caetano, Maria Rita.
tOn: Quem são os seus melhores amigos?
Dinho: Uma boa conexão com a internet, um PC e meu celular. Acho que esses ‘amigos’ me mantém em contato com meus ‘amigos reais’, palavras de uma pandemia. Mas tenho os melhores amigos que posso ter. E a gente torce sempre uns pelos outros.
tOn: Qual canal de TV não existe, mas deveria?
Dinho: Queria um canal de nichos onde pudesse ver atrações voltadas a grupos que são sempre expostos de forma tão minimizada, que estivessem falando sério, fazendo comédia, fazendo arte sem barreiras ou preconceitos.
tOn: Quem são os seus heróis?
Dinho: Todos aqueles que alcançaram seus sonhos. Me emociona sempre que vejo alguém alcançar um objetivo, seja ele qual for.
tOn: Onde você gostaria ir de férias e nunca foi?
Dinho: Europa. Quero muito visitar grandes locais históricos pra arte, pra cultura mundial. E digo isso por que antes de tudo já visitei praticamente o Brasil inteiro, do Rio Grande do Sul a São Luiz do Maranhão… Então Europa é uma ótima opção de férias.
tOn: Qual foi a última coisa que você conseguiu de graça?
Dinho: O filme Piedade com Cauã Reymond, Fernanda Montenegro e Matheus Nachtergaele, sessão de graça on-line de pré-estreia durante a pandemia.
tOn: Qual filme merece uma sequência?
Dinho: CENTRAL DO BRASIL. Adoraria ver a professora Dora voltando ao RJ. Retomando a vida e mudando de uma simples professora aposentada para uma ativista contra o trafego de crianças.
tOn: Se você pudesse se encontrar com qualquer pessoa no mundo, quem seria e por que?
Dinho: Nikola Tesla. Grande inventor. Ele tinha um projeto de energia elétrica de graça pra todos sem a necessidade das grandes instalações que temos hoje, e energia sem fio. Casos abafados, queria muito entender sobre o assunto.
tOn: O que você ensinaria a você mesmo quando criança?
Dinho: Eu me ensinaria a acreditar mais em si, a seguir em diante com seus sonhos, mesmo com as barreiras que todos apontavam grosseiramente.
tOn: Se você fosse um herói, qual seria o seu super poder e por que?
Dinho: O de materializar qualquer objeto. Mudaria a vida de muitas pessoas boas e que merecem reconhecimento e coisas básicas que a vida lhes nega todos os dias.
tOn: Pelo o que você gostaria de ser lembrado?
Dinho: Pela alegria, talento e esforço.
tOn: Qual a pergunta mais chata que fazem a você?
Dinho: O que você quer fazer da sua vida… (risos) A resposta: Você não percebeu que já estou fazendo?? (risos)
tOn: Uma cor…
Dinho: Purpura, como o filme.
tOn: Uma música…
Dinho: Exagerado, Cazuza.
tOn: Um lugar…
Dinho: …ao sol.
tOn: Um livro…
Dinho: A marca de uma lágrima, o primeiro que li na vida.
tOn: Dia ou Noite?
Dinho: Noite
tOn: Doce ou Salgado?
Dinho: Salgado
tOn: Um prazer…
Dinho: Comer
tOn: Uma saudade…
Dinho: de um tempo atrás.