Recife – Pernambuco 19/5/2021 – A Lei do Puxadinho surgiu para você poder regularizar a conhecida laje. Muitos não sabem, mas existem regulamentações para estas construções
Os “puxadinhos”, edificações construídas sobre lajes, são muito comuns de se ver na periferia das grandes cidades do Brasil. Geralmente são levantados para dar moradia a parentes ou para complementar a renda com aluguel e até mesmo a venda. As casas sobre as casas são independentes, com estrutura completa como banheiros, cozinha e dormitórios.
A Lei do Puxadinho surgiu para resolver velhos problemas envolvendo a muito conhecida laje, ou os puxadinhos. Muitos não sabem, mas existem regulamentações para estas construções.
Os “puxadinhos”, edificações construídas sobre lajes, são muito comuns de se ver na periferia das grandes cidades do Brasil. Geralmente são levantados para dar moradia a parentes ou para complementar a renda com aluguel e até mesmo a venda.
As casas sobre as casas são independentes, com estrutura completa como banheiros, cozinha e dormitórios. Há alguns anos essa situação não possuía previsão legal para regulamentar a propriedade da construção superior, o que não raramente causava grandes dores de cabeça e disputas judiciais entre os moradores.
A mudança começou em 2016, e veio por meio de uma medida provisória (MP 759/2016) que trouxe no seu texto a “possibilidade de coexistência de unidades imobiliárias autônomas de titularidades distintas situadas em uma mesma área, de maneira a permitir que o proprietário ceda a superfície de sua construção a fim de que terceiro edifique unidade distinta daquela originalmente construída sobre o solo”. No ano seguinte, a medida provisória foi convertida em uma lei (nº 13.465 de 11 de julho de 2017) que ficou conhecida como Direito Real de Laje, ou popularmente chamada de “Lei do Puxadinho”.
A lei vale para construções de um ou dois pavimentos, edificadas sobre uma construção-base. Ela vai determinar que o imóvel construído sobre a laje pode pertencer por direito a um proprietário diferente do proprietário da construção-base, mesmo que as duas ocupem a mesma área. Dando ao dono da edificação superior todos os poderes inerentes à propriedade.
Mas, para que o Direito Real de Laje se aplique, alguns fatores precisam ser observados. Por exemplo: o acesso à laje não precisa ser individual, porém a unidade deve estar isolada da construção original e das lajes sucessivas. Ou seja, seu acesso/portão pode ser o mesmo das outras unidades habitacionais, mas a unidade não pode ter sua área de serviço, cozinha ou banheiro em outro pavimento. O proprietário da laje também não tem direito sobre áreas comuns, como jardim ou quintal, ficando a ele limitado o espaço suspenso construído.
Para se adquirir o direito da laje, antes de tudo, é necessário que um arquiteto realize o memorial descritivo e crie as plantas necessárias (planta de locação e planta baixa). Elas são obrigatórias para dar a entrada no processo para adquirir o direito real de laje.
Com esses documentos em mãos, o proprietário pode utilizar do processo de usucapião, que é dado de forma judicial ou extrajudicial. Após a conclusão do processo de Direito Real de Laje, será aberta no Registro Geral de Imóveis uma matrícula própria, da mesma forma como acontece com os processos de direito de propriedade.
Em geral, a Lei do Puxadinho é simples, de fácil entendimento, e surgiu para beneficiar pessoas que moram em pavimentos superiores que se confundem com a construção-base, dando uma oportunidade para que os diferentes proprietários sejam claramente identificados.
Para adquirir esse direito, o proprietário precisa contar com o apoio técnico de um profissional qualificado. Ao possuir um imóvel construído sobre a laje de uma outra edificação, precisa ou quer gozar dos plenos direitos como proprietário.
Para quem possui um imóvel construído sobre a laje de uma outra edificação, quer gozar dos plenos direitos como proprietário. Para mais informações, contatar a especialista Flora Barros.
Contatos: Flora Barros Arquitetura
Atuação: Projetos de Reforma, Projetos de Construção, Processos de Regularização Fundiária, Processos de Usucapião, Processos de Direito Real de Laje (lei do puxadinho)
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