ALMÉRIO LANÇA ÁLBUM DEDICADO A CAZUZA

Disco tem participações de Ney Matogrosso e Céu, produção musical e arranjos de Pupillo, direção artística de Marcus Preto, idealização de Ione Costa e realização de Parças do Bem

‘Tudo é Amor’ chega às plataformas digitais em 25 de novembro
 com onze releituras do cancioneiro do compositor carioca

No próximo dia 25 de novembro, chega às plataformas digitais ‘Tudo é Amor’, o novo álbum de Almério, feito a convite da produtora sócio-cultural Parças do Bem, totalmente dedicado à obra de Cazuza (1958-1990). Ao longo dos últimos meses, foram lançados os singles e clipes de ‘Brasil’, em dueto com Ney Matogrosso, e ‘Amor, Amor’, em duas amostras do que seria o projeto. Idealizado por Ione Costa, com direção geral de André Brasileiro e produção musical de Pupillo, o disco tem direção artística de Marcus Preto e traz 11 faixas, incluindo sucessos populares e lados B.

Entre as canções, estão hits como ‘O Nosso Amor A Gente Inventa’, a já falada ‘Brasil’ e ‘Minha Flor, Meu Bebê’. Além dos sucessos, ‘Tudo é Amor’ recupera a quase inédita ‘Companhia’, preciosidade criada para Zizi Possi em 1987 e nunca gravada por Cazuza.

Eu Queria Ter uma Bomba’ traz um encontro com Céu, neste álbum cuja banda é formada pelo próprio Pupillo (bateria), por Fabio Sá (baixo acústico e elétrico), André Lima (pianos, teclados e sintetizadores) e Juliano Holanda (guitarras e violões), produtor de “Desempena” (2017), disco de Almério vencedor do Prêmio da Música Brasileira na categoria Revelação.

Tudo é Amor’ marca uma nova fase na carreira de Almério, após a turnê e o lançamento de ‘Acaso Casa’, trabalho com Mariene de Castro que rendeu uma indicação ao Grammy Latino em 2020.

A ideia original deste projeto e o convite a Almério partiram de Ione Costa, que o instigou a mergulhar na obra de Cazuza. O cantor relembra o impacto da ligação inicial de Ione: ‘Eu paralisei por alguns segundos e logo começou a surgir muita inspiração. Eu sou do Agreste de Pernambuco, nasci na cidade de Altinho, de família humilde. Era 1993 quando meu irmão mais velho começou a trabalhar em Caruaru e lá ele comprou o primeiro CD: era uma coletânea de Cazuza. Nós não tínhamos tocador de CD, eu ficava lendo e relendo o encarte com as letras, imaginando a força dele. Dois anos depois consegui comprar um discman. A música do Cazuza veio me beijar e me salvar’, pontua Almério.

‘No início da pandemia, voltei a ouvir muito Cazuza, um artista que faz parte da minha vida, da minha história. E fiquei muito impressionada de ver como a poesia dele continua super atual, como traduzia tudo o que eu estava sentindo, que eu estava vivendo’, conta Ione Costa.  ‘Resolvi ligar para o Almério e descobri que ele também sempre adorou essas canções. Eu queria gravar Cazuza com um nordestino e tinha certeza de que essa voz tinha que ser a do Almério’, completa.

Carioca que ama Pernambuco, Ione vive entre o Rio e Recife: ‘Senti que com esse projeto eu teria a oportunidade de unir todo o meu amor pelo lugar onde eu nasci ao amor pela cidade onde criei laços afetivos e de trabalho. Montei a empresa Parças do Bem exatamente para desenvolver projetos que enalteçam Pernambuco, mas que também gerem recursos financeiros para a comunidade Entra Apulso, em Boa Viagem, na qual atuo há 15 anos’, finaliza. Parte do recurso financeiro gerado por ‘Tudo é Amor’ vai para a Comunidade Entra Apulso.

‘Tudo é Amor’ por Roberta Martinelli:

Tudo é amor, mesmo em meio ao caos. E, talvez, principalmente agora, que estamos nele.

Uma das frases clichês mais repetidas quando estamos falando da obra de Cazuza, poeta fundamental para a música brasileira, é “parece que essa música foi feita hoje”. E o que se ouve nesse disco é mesmo a música feita hoje: o canto de Almério, com direção artística de Marcus Preto e produção musical de Pupillo – dupla que já tem um trabalho importante na música brasileira em discos como os de Nando reis, Erasmo Carlos, Gal Costa.

Almério é cantor, compositor, ator e nasceu em Altinho (PE). Ainda se lembra do dia em que seu irmão mais velho saiu de casa para trabalhar em Caruaru e lá comprou o primeiro CD da vida deles: uma coletânea de Cazuza. Levou o presente para Almério mas, infelizmente, eles não tinham onde ouvir. Foram dois anos lendo e relendo o encarte, imaginando como seriam aquelas canções, até que o irmão conseguisse comprar um discman. Ler Cazuza para depois ouvir. “Pra poesia que a gente não vive, transformar o tédio em melodia.”

Tudo É Amor tem escolha de repertório precisa, que mescla canções populares, lados B e achados.

Agora, é chegada a  hora de ouvirmos Cazuza com sotaque agreste:

O disco abre com “Vai à Luta”, parceria de Cazuza com Rogério Meanda gravada no disco “Só se For a 2”, de 1987. Almério ouvia muito essa música em um momento da vida em que havia perdido o pai e se viu, ainda jovem, trabalhando muito para ajudar a família. Sem luz no fim do túnel, o que acalmava quando chegava em casa era “eu te avisei, vai à luta/ marca teu ponto na justa”.

“Amor, amor”, de Cazuza, Frejat e George Israel, foi lançada originalmente no lado B de um compacto do Barão Vermelho em 1984 – o mesmo que tinha no lado A o hit “Bete Balanço”. Aqui, aparece a distância entre os anos 1980, quando essas músicas foram escritas e lançadas e os tempos atuais. A música é regravada com uma pequena adaptação de letra: “Eu quero só paixão, fogo e desejo” – sem segredos.

“Companhia” (Frejat/ Cazuza/ Ezequiel Neves) é uma preciosidade desse disco garimpada por Marcus Preto. A música foi feita para Zizi Possi e lançada por ela em 1987 no disco “Amor e Música”. Cazuza nunca gravou.

A música “Brasil” (George Israel/ Nilo Romero/ Cazuza) foi escolhida como retrato político do nosso país e tem participação desse artista que é fundamento da nossa arte e tão importante na vida de Cazuza:  Ney Matogrosso. Dentre outras opções, a música que ele quis cantar nesse disco foi essa, e aqui está a voz do Brasil que queremos. Confia em mim.

“Cobaias de Deus”, parceria do poeta com Angela Ro Ro, é a primeira faixa do álbum “Burguesia” (1989) que entra no repertório de Almério. Esse disco é o último registro musical de Cazuza em vida, momento em que ele, muito doente,  gravou com a voz já enfraquecida e chegou a registrar algumas canções deitado.

Chegamos então  ao hit“Blues da Piedade”,parceria da dupla Cazuza e Frejat. O piano e o hammond, que na gravação de Cazuza para o disco “Ideologia” (1988) é tocado por William Magalhães, vem para o primeiro plano na versão de Almério, em criação do músico André Lima. O baixo acústico é de Fábio Sá. Do mesmo disco de 1988,outra canção conhecida é“Minha Flor, meu Bebê”, parceria de Cazuza com Dé Palmeira.

“Eu Queria Ter uma Bomba” (Cazuza) ganha de presente a participação especial de Céu em dueto que renova a canção.  Do Cazuza para fora, rasgado, onde o sentimento fica em primeiro plano, para o contido, sofrido, com a poesia à frente.

O Nosso Amor a Gente Inventa” (João Rebouças/ Rogério Meanda/ Cazuza) émais umarepresentante da ala hit que ganha uma versão rock mangue.

“Perto do Fogo” é parceria de Cazuza com Rita Lee. Aliás, que bela escolha de compositoras mulheres nesse disco: Angela Ro Ro e Rita Lee. Essa música foi gravada antes por Cazuza em 1989 e por Rita Lee em 1990.

E, para encerrar o disco, tem “Quando Eu Estiver Cantando” (João Rebouças/ Cazuza), música que foi feita para Maria Bethânia e nunca gravada por ela. A canção finaliza grifando a importância dessa voz que canta em 2021 as músicas feitas nos anos 1980. A voz em primeiro plano acompanhada novamente pelo Hammond de André Lima é a nossa salvação também, afinal.

A banda é formada pelo produtor do disco Pupillo (bateria), Fabio Sá (baixo acústico e elétrico), André Lima (pianos, teclados e sintetizadores) e Juliano Holanda (guitarras e violões). Juliano foi produtor de outro disco de Almério, o “Desempena”.

Esse projeto foi idealizado por Ione Costa. Parte do recurso financeiro gerado por esse disco vai para a Comunidade Entra Apulso, localizada na cidade do Recife, em Pernambuco. Tudo é Amor. Mesmo.

Não é só sobre gravar Cazuza (o que já seria muito). É sobre cantar a poesia desse artista fazendo da voz também poesia. E Almério faz isso.

Sobre Parças do Bem:

A produtora sócio-cultural Parças do Bem foi idealizada por Ione Costa com foco no compartilhamento de cultura, arte, amor, afeto, oportunidades, visibilidade e representatividade. Carioca apaixonada por Pernambuco, Ione fincou as raízes da empreitada entre Recife e Rio.

Parças do Bem busca realizar e dar visibilidade a projetos de manifestações artísticas, culturais e intelectuais marcadas pela brasilidade, valorizando o patrimônio histórico e também o cotidiano.

‘Ao longo do tempo, esse laço pernambucano só cresceu. A riqueza cultural e artística é o alimento da minha alma. Parças do Bem chega para unir esses dois amores com projetos que possam trazer luz e protagonismo onde precisar um empurrãozinho. Pernambuco é um poço inesgotável de movimentos artísticos e muito mais, e o Rio é a vitrine para ser visto’, reflete Ione.

FICHA TÉCNICA PROJETO TUDO É AMOR

Idealização: Ione Costa

Direção Geral: André Brasileiro

Direção Artística: Marcus Preto

Produção Musical e Arranjos: Pupillo

Músicos: André Lima, Fábio Sá, Juliano Holanda e Pupillo

Coordenação de produção: Tadeu Gondim

Produção Executiva e Coordenação de conteúdos: Helena Costa Figueiredo

Assistência de Produção e Mídia: Isabela Darkenwald e Gustavo Pecego

Projeto Gráfico: Tecnopop

Fotos Álbum e Divulgação: Ana Stewart

Assistência de Fotografia: Alexandre Savino

Fotos e Vídeos Making Of – Ana Migliari, 

Stylist: Felipe Veloso

Visagismo: Diego Nardes

Assessoria de Imprensa: Factoria Comunicação

Assessoria Jurídica : Renata Novotny e Associados

Estúdio de Gravação: Space Blues/SP

Engenheiro de Gravação: Alexandre Fontanetti e João Nhoque

Estúdio de Mixagem: Órbita

Mixado e Masterizado por Carlos Trilha

Marketing Digital: Listo Music

Distribuição Digital: Altafonte

Realização: Ione Costa e Parças do Bem

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