Espetáculo tem direção de Malú Bazan e traz no elenco Antonio Petrin, Oswaldo Mendes, Heitor Goldflus, Roberto Ascar, Cesar Baccan e Marcelo Ullmann
Ao chamar de “A Pane” seu conto (depois transformado em teatro), Dürrenmat não estava só pensando na falha mecânica de um Jaguar, que leva o protagonista a uma situação inesperada. A pane também diz respeito a este nosso mundo, repleto de imperfeições e catástrofes, de falhas da Justiça, de culpas e desculpas. Dürrenmat é daqueles autores que divertem e dão o que pensar.
Com direção de Malú Bazán e tradução de Diego Viana, o espetáculo chega aos palcos do Teatro Faap no dia 14 de janeiro e fica em cartaz até 20 de fevereiro. Antonio Petrin, Cesar Baccan, Heitor Goldflus, Marcelo Ullmann, Oswaldo Mendes e Roberto Ascar compõem o elenco.
A situação é inusitada. Um jogo em que octogenários juristas aposentados encenam suas antigas ocupações e, como diz o juiz anfitrião, agora não mais presos “a formas, protocolos, leis e todo o entulho inútil dos tribunais”. Neste jogo eles enredam um próspero representante comercial. Qual o seu crime? Não importa: “crime é algo que sempre se pode encontrar”.
Ao brincar de tribunal, os personagens nos fazem questionar o conceito de justiça, o sistema de Justiça, e este nosso mundo “de inocentes com culpa e culpados sem culpa”. A encenação reúne atores de várias gerações, para falar, não de uma história antiga, mas de “uma história ainda possível”, como o autor a qualifica.
Após uma suspensão de quase dois anos em razão da pandemia, o espetáculo volta com força total, mostrando a intensidade e alegria de fazer arte desse potente elenco de atores de terceira idade que representam a história do nosso teatro!
Divirtam-se!
Sobre o autor
Dürrenmatt (Konolfingen, 5 de janeiro de 1921 — Neuchâtel, 14 de dezembro de 1990) foi um escritor suíço. Embora possua grande fama por sua obra como dramaturgo, foi também um prolífico contista e romancista.
Politicamente ativo, o autor escreveu dramas vanguardistas, profundos romances policiais e algumas sátiras macabras. Um de seus principais bordões era: “Uma história não está terminada até que algo tenha dado extremamente errado”.
Como Brecht, Dürrenmatt explorou as vertentes do teatro épico. Suas peças visavam envolver o público a um debate teórico, e não somente ser entretenimento puramente passivo.
Quando tinha 26 anos, sua primeira peça, “Está Escrito”, (em alemão “Es steht geschrieben”), estreou causando grande controvérsia. A história da peça se passa em torno de uma batalha entre um cínico obcecado pelo sucesso e um religioso fanático que leva as escrituras ao pé da letra, tudo isto acontecendo enquanto a cidade em que vivem está cercada. A noite de estreia da peça, em abril de 1947, causou confusão e protestos por parte do público.
Na década de 50, com o conto “A Pane”, chegou ao que muitos consideram o auge de sua capacidade estilística e narrativa.
Morreu em 1990, considerado como um dos grandes narradores e dramaturgos de sua geração.
SINOPSE
“A Pane” é uma comédia sobre a justiça. Hóspede inesperado se transforma em réu de um jogo em que juiz, promotor, advogado e carrasco aposentados revivem suas profissões. Uma fábula que fala dos nossos dias. No elenco, um encontro de gerações.
FICHA TÉCNICA
Texto: Friedrich Dürrenmatt
Tradução: Diego Viana
Direção: Malú Bazán
Elenco: Antonio Petrin, Cesar Baccan, Heitor Goldflus, Marcelo Ullmann, Oswaldo Mendes, Roberto Ascar.
Concepção cenográfica: Anne Cerutti e Malú Bazán
Figurino: Anne Cerutti
Assistente de figurino e cenário: Adriana Barreto
Cenotécnico: Douglas Caldas
Desenho de luz: Wagner Pinto
Música Original: Dan Maia
Operador de luz: Gabriel Greghi
Operador de som: Silney Marcondes
Contrarregra: Márcio Polli
Fotos: Ronaldo Gutierrez
Visagismo: Dhiego Durso
Programador Visual: Rafael Oliveira
Assessoria de Imprensa: Pombo Correio
Assistente de Produção: Rebeca Oliveira
Assistente de Produção: Beatriz Nominato
Co-Produção: Kavaná Produções
Produção e Realização: Baccan Produções
SERVIÇO
# A Pane, de Friedrich Dürrenmatt, com direção de Malú Bazán
TEATRO FAAP – – Rua Alagoas, 903
Temporada: de 14 de janeiro a 20 de fevereiro de 2022; Sextas-feiras às 21h; sábados, às 20h; domingos, às 18h.
Ingressos: Sábados; R$ 80 (inteira) e R$ 40 (meia-entrada). Sextas e domingos; R$ 60 (inteira) e R$ 30 (meia-entrada).
Bilheteria física: TEATRO FAAP – Rua Alagoas, 903 – Higienópolis, São Paulo – SP, 01242-902, de quarta a sábado, das 14h às 20h. Domingo das 14h às 17h. Em dias de espetáculos até o início da apresentação.
Compras pelo site: https://teatrofaap.showare.com.br/
Informações / Televendas: 11 3662-7233 / 11 3662-7234
Duração: 70 minutos
Classificação: 14 anos
Capacidade: 510 lugares