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Inédito, musical “Céu Estrelado” estreia no CCBB-SP para sessões de 23 a 26 de junho, com um passeio pela cultura diversa do Brasil e pelo cancioneiro popular nacional

Idealizado por Gustavo Nunes, com texto de Carla Faour, direção de Viniciús Arneiro e João Fonseca e direção musical de Tony Lucchesi, o espetáculo resgata músicas que fazem parte de nossa memória afetiva em uma história que reflete sobre relações familiares e nossa responsabilidade afetiva e social. No elenco estão Juliana Linhares, Bruno Garcia, Daniel Carneiro, Dani Câmara, Hamilton Dias e Natasha Jascalevich

Céu Estrelado

O Brasil profundo, longe do litoral e dos grandes centros urbanos, apresenta uma cultura rica e diversa, fundamental para a compreensão da identidade nacional. Esse lugar, que pode estar na fronteira entre Minas Gerais, Espírito Santo e sul da Bahia, no interior do Mato Grosso ou mesmo no nosso imaginário afetivo, ganha os palcos no musical inédito “Céu Estrelado”. O espetáculo, que estreou nacionalmente no CCBB do Rio, em 26 de maio, para temporada de duas semanas, já esteve no CCBB BH e no CCBB Brasília e agora segue para o CCBBSão Paulo (23 a 26 de junho).

Idealizado por Gustavo Nunes, com texto de Carla Faour, direção de Viniciús Arneiro e João Fonseca, direção musical de Tony Lucchesi e produção da Turbilhão de Ideias, o espetáculo faz um resgate do cancioneiro popular brasileiro em uma história que reflete sobre o nosso lugar no mundo a partir de relações pessoais e sociais. O projeto é patrocinado pela Brasilcap, empresa de capitalização da BB Seguros, por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura. Os diretores Viniciús Arneiro e João Fonseca repetem uma bem-sucedida parceria, iniciada em “Cássia Eller – O musical”, para contar a história de Antonia, vivida pela cantora, compositora e atriz potiguar Juliana Linhares, uma das principais revelações da MPB na pandemia.

Na trama, a personagem, nascida na cidade fictícia de Carneirinhos, se muda para o Rio de Janeiro, brigada com o pai, seu Cris (Bruno Garcia), para tentar a carreira de cantora. Depois de alguns anos, ela está de volta a pedido da família para participar da festa de Santo Antônio na fazenda onde moram. Ao lado do namorado estrangeiro, Johnny (Hamilton Dias), Antonia vai reencontrar, além do pai, um antigo amor, Paixão (Daniel Carneiro), sua irmã Cidinha (Dani Câmara), e a faz-tudo da fazenda, Fafá (Natasha Jascalevich).

“A história nos leva a refletir sobre a inevitável passagem do tempo, o curso da vida e como é urgente e necessário que a humanidade resgate seu olhar sensível para a natureza”, comenta o diretor Viniciús Arneiro. “É também uma trama que fala sobre o que ganhamos e o que perdemos quando deixamos nossa cidade e nossas raízes para seguir um sonho, uma carreira. É uma peça delicada, leve e, ao mesmo tempo, dramática. Tem uma dramaturgia que vai nos surpreendendo”, acrescenta o diretor João Fonseca.

Com exceção do ator convidado Bruno Garcia, o elenco, formado por artistas de diferentes origens, foi escolhido em audições. “Tem gente que nasceu em Natal, Recife, Angra dos Reis, Goiânia, Rio de Janeiro. Os sotaques são muito distintos e se misturam em cena. Fizemos questão que permanecesse assim, para enfatizar que é também nessa multiplicidade cultural que reside a beleza do português não uniforme do Brasil”, conta Arneiro. Com uma longa carreira teatral, Juliana Linhares vive a sua primeira protagonista. “Comecei a fazer teatro de 9 para 10 anos, em Natal, e nunca mais larguei. Sou formada em direção teatral, mas comecei a cantar na faculdade na banda Pietá. Então, música e teatro sempre ficaram embolados na minha vida”, observa Juliana, muito elogiada por seu primeiro disco-solo, “Nordeste ficção”, lançado ano passado. “Juliana é uma cantora e uma atriz extraordinária. Sensível, inteligente e com uma voz que inunda a nossa alma do melhor do Brasil e da música brasileira”, elogia Fonseca.

A premiada autora Carla Faour, estreante em musicais, conta que criou uma história sobre afetos, família e memórias sem deixar de lado a crítica social ao expor a urgência de preservação de nossos recursos naturais. “A música popular brasileira se inspirou e se inspira muito na natureza do Brasil. Quantas de nossas canções não falam sobre nossas águas, rios, animais, a flora, a terra e sobre nosso povo? E, se por um lado, a gente tem essa biodiversidade que é um tesouro planetário, também temos essa falta de cuidado com o meio ambiente que traz consequências seríssimas”, avalia a dramaturga.

A intenção do produtor Gustavo Nunes, ao idealizar o espetáculo, era explorar o tema das migrações existentes no Brasil a partir de canções que emocionam e unem os habitantes das mais diversas regiões do país. “Minha vontade era fazer um resgate de músicas do cancioneiro nacional que não costumam ser tão prestigiadas no nosso teatro musical. Eu sentia falta de espetáculos que tratassem de nossas raízes, queria reunir canções com grande potência poética”. “Também é uma alegria poder voltar a trabalhar com os diretores João Fonseca e Viniciús Arneiro, após nossa bem-sucedida jornada com “Cássia Eller – o musical”, conta.

Na trilha sonora escolhida a dedo pela equipe criativa, estão canções de Milton NascimentoChico CésarChico BuarqueGilberto GilJovelina Pérola Negra, entre outras. O diretor musical Tony Lucchesiexplica que o elenco vai ter o acompanhamento do violonista Gabriel Quinto, mas alguns dos atores também vão tocar instrumentos em cena. Além disso, todas as canções ganham novos arranjos para aumentar a dramaticidade das cenas. “As músicas foram escolhidas pela sua importância e beleza, mas também porque são essenciais para contar a história da maneira forte e poética”, conclui.

A EQUIPE CRIATIVA

Viniciús Arneiro (diretor)

Viniciús Arneiro é diretor de teatro e ator formado pela Escola de Teatro Martins Penna (Rio de Janeiro). Dirigiu mais de 20 espetáculos e dedica-se, sobretudo, a projetos cujas dramaturgias são concebidas ou reelaboradas em sala de ensaio. Pesquisa e estimula formas expandidas de escrita, friccionando e articulando composições entre corpo, sonoridade e espaço. Dentre as peças que dirigiu destacam-se: “Cachorro!”; “Rebu”; “Cucaracha”; “Cássia Eller, o musical”; “Os Sonhadores”; “Colônia” e “Rose”. Foi indicado ao Prêmio Shell (RJ) na categoria Melhor Direção em 2007 e 2016.

João Fonseca (diretor)

Diretor de teatro, cinema e televisão. Iniciou sua carreira como diretor na companhia Os Fodidos Privilegiados, grupo fundado por Antônio Abujamra. Nos seus quase 25 anos de carreira tem em seu currículo mais de 70 espetáculos de todos os gêneros e diversas indicações e premiações como melhor diretor, entre eles o Prêmio Shell, Prêmio Bibi Ferreira e Prêmio Cesgranrio. Dirigiu alguns dos principais sucessos dos palcos e da TV no Brasil nos últimos anos, entre eles os musicais “Tim Maia: Vale Tudo”, “Cazuza – Pro Dia Nascer Feliz, o Musical” e “Cássia Eller – O Musical”; e os espetáculos “Minha Mãe é uma Peça”, que esteve 15 anos em cartaz e “Maria do Caritó”, com Lilia Cabral, que lhe deu seu segundo Prêmio Shell. Na TV, dirigiu oito temporadas de “Vai Que Cola” e “A Vila”, ambos no Multishow. Recentemente, fez sua estreia na direção de longas-metragens com “Não Vamos Pagar Nada”, com Samantha Schmutz e Edimilson Filho, a primeira adaptação para cinema da obra do prêmio Nobel de literatura, Dario Fo.

Tony Lucchesi (diretor musical)

Tony Lucchesi é compositor, arranjador, diretor musical e diretor de canção dublada, atuando em espetáculos musicais e animações há 10 anos. Como diretor musical, esteve envolvido nas principais produções dos últimos anos, tais como: “A Cor Púrpura”, “Quebrando Regras – Um Tributo a Tina Turner”, “Bibi – Uma Vida em Musical”, “VAMP” (também compositor das canções originais) e “60! Doc. Musical – Uma Década de Arromba”, pelos quais recebeu o Prêmio Bibi Ferreira, Reverência e Cesgranrio.

Gustavo Nunes (Idealizador e Diretor de Produção)

Fundador da Turbilhão de ideias, atua há mais de 18 anos no mercado cultural. Idealizou e produziu “Cássia Eller – o musical”, “A História de Nós 2” e mais de 30 espetáculos teatrais. Suas produções foram indicadas a mais de 20 prêmios e alcançaram público superior a 2 milhões de espectadores. Produziu projetos estrelados por Maria Bethânia, Cássia Kis, Eduardo Moscovis, Osmar Prado, Julia Lemmertz, Cissa Guimarães, Camilla Amado, entre outros.

O ELENCO

Juliana Linhares

Natalense, 32 anos. Diretora, atriz e cantora. Trabalhou com João Falcão em “A Ópera do Malandro” e “Gabriela, um musical”; esteve ao lado de Angel Vianna no espetáculo “O Tempo Não Dá Tempo”, dirigido por Duda Maia; atua em “Contos Partidos de Amor” e foi diretora assistente em “Vamos Comprar um Poeta”, ambos de Duda Maia; apresentou o GP de Cinema Brasileiro 2019 sob direção de Ivan Sugahara. É alternante da atriz Laila Garin no musical “A Hora da Estrela”. Formada em Direção pela Unirio, dirigiu os espetáculos: “Pira Caipira”, “Adubo” e “Dinossauros e Pelancas”. Com quatro discos lançados, já esteve ao lado de nomes como Chico César, Rodrigo Maranhão, Larissa Luz, Simone Mazzer, Renato Linhares, Khrystal, Thiago Amud, Carlos Malta, tendo passado por diversos palcos do RJ e do Brasil. É cantora do projeto Iara Ira. Lançou, em dezembro de 2020, o EP “Perdendo o Juízo” pela Pólen Aceleradora, com produção musical da cantora baiana Josyara. Em março de 2021, lançou seu primeiro disco de carreira solo, “Nordeste ficção”, que conta com parcerias com Chico César e Zeca Baleiro e participações do próprio Zeca, da Letrux e Mestrinho.

Bruno Garcia

Ator, diretor, autor e roteirista, Bruno Garcia Iniciou sua carreira teatral aos 11 anos e, aos 18, já encenou “Hamlet”, de William Shakespeare. De lá pra cá, já esteve no elenco de inúmeras peças, incluindo “Lisbela e o Prisioneiro”, “Homem Objeto”, “A Escola do Escândalo”, “O Livro de Tatiana” (de sua autoria) e “A História de Nós 2”. No cinema, atuou em 30 filmes, entre eles “O Auto da Compadecida”, “Lisbela e o Prisioneiro”, “De Pernas pro ar 1, 2 e 3”, “Divaldo – o mensageiro da paz” e “Salamandra”. Na TV, esteve em inúmeros programas e novelas, tais como “A Grande Familia”, “Os Normais”, “Sexo Frágil” e “Boca a Boca”. Participou da novela “Nos Tempos do Imperador” e das temporadas de “Sob Pressão” (pela qual recebeu indicação de Melhor Ator Coadjuvante, por sua participação na temporada “Covid”).

Dani Câmara

Atriz, cantora, diretora e compositora, Dani é de Angra dos Reis e atualmente vive e produz entre RJ e SP. Formada em Arte cênicas/Direção Teatral na UFRJ, pesquisa sobre corpografias, poéticas/políticas do corpo negro, suas relações de afeto e vertigem nos espaços de vivência. Iniciou sua trajetória como cantora no Coral Cidade de Angra dos Reis e como atriz no Atelier de Atores Fita. Cantou nos projetos: Trio Caiçara, Duo Entre Rios, no Trio Talagada Fina e na Banda Cordel Negro, além de cantar e performar em projetos independentes entre Brasil e Europa. Em seus últimos trabalhos cênicos, idealizou e dirigiu as peças “À Margem” e “Ato Vazio”. Atuou nas obras: “Está Lá Fora”, “Esperança na Revolta” (prêmio Shell 2018), “Pretofagia”, “A Cova do Escravo”, “Parto” e “Corpa de Mula” (Prêmio Melhor Cena e Melhor atuação Festival VR Cena). No cinema, fez o curta “Quando as Pedras Dilatam” (prêmio festival Entre Todos e Centro Festival de Rosário – Argentina), e os longas “Memórias do Fogo” e “Solonas – Explicado às Crianças que somos”. Integra o grupo de audiovisual “Artífice”, é apresentadora do Programa Papo na Laje, e articuladora cultural através de ações performáticas nos centros urbanos desenvolvendo pesquisas de multilinguagens. Trabalha também em seu projeto autoral “Febre”.

Daniel Carneiro

Ator e cantor formado pela CAL. Integrou o elenco dos longas “Chacrinha”(2018), com direção de Andrucha Waddington, e “A dança de Feliciano”, de Moacyr Góes, e da série Sob Pressão”. No teatro, fez “Copacabana Palace – O Musical” (2022), dir. Sérgio Módena & Gustavo Wabner, “Bem Sertanejo, o Musical” (2017|18|19), dir. Gustavo Gasparani, “A Noviça Rebelde” (2018), dir. Möeller & Botelho, “Gilberto Gil, Aquele Abraço” (2016), dir. Gustavo Gasparani, “Samba Futebol Clube” (2014), dir, Gustavo Gasparani (prêmios Shell e Reverência 2014 (melhor elenco), indicado no CESGRANRIO e APTR 2014). Integrou de 2010 a 2017 a Trupe do Experimento, companhia com pesquisa na linguagem infanto-juvenil pela qual recebeu os prêmios de melhor ator do Festival de Ponta Grossa (2012) e indicação a melhor ator Zilka Salaberry (2011).

Hamilton Dias

Ator, músico e roteirista. Seus últimos trabalhos no teatro musical são: “Sonho de uma Noite de Verão – O Musical”, direção de João Fonseca, “Tropicalinha – Caetano e Gil para crianças”, direção de Diego Morais. E os seus trabalhos mais recentes são “Ensaio Sobre a Perda”, dir. João Fonseca, e “Ponte Golden Gate”, com direção de Wendell Bendelack.

Natasha Jascalevich

Natasha Jascalevich é artista desde os 10 anos de idade. Iniciou sua carreira artística no circo como contorcionista e acrobata aérea. Nos últimos anos, já participou de mais de 12 obras de teatro e teatro musical, dentre elas: “O Grande Circo Místico”, dirigido por João Fonseca, “O Frenético Dancin Days”, dirigido por Déborah Colker, e “LAZARUS”, dirigido por Felipe Hirsch. No audiovisual, já participou de séries e filmes e novelas, como na série “Todas as Mulheres do Mundo”, onde vive a personagem Natália, e na novela “Amor de mãe”, no qual viveu a personagem Ludmila. No ano passado, Natasha estreou como diretora de cinema com seu primeiro curta-metragem “O Peixe”, que foi selecionado e premiado em festivais dentro e fora do país.

Sobre a Turbilhão de Ideias

A Turbilhão de Ideias atua desde 2008 na concepção, execução e circulação de seus projetos por todo o Brasil, promovendo arte, entretenimento e conteúdo educativo através de espetáculos, publicações, workshops, séries de animação e conteúdo audiovisual. Suas produções são sucesso de público e crítica, reconhecidas por inúmeras indicações e prêmios conquistados. A produtora é responsável pelo espetáculo “Cássia Eller – o Musical”, que passou por todas as capitais brasileiras, e “Rio mais Brasil, o nosso musical”. Há 12 anos, produz o espetáculo “A História de Nós 2”, que já circulou por mais de 25 cidades do país. Produziu o Festival Som Brasileiro, dirigiu e roteirizou o show “A Música é o meu refúgio”, que uniu artistas refugiados com grandes nomes da MPB. Em âmbito internacional, produziu o “Nelson Rodrigues Festival”, na Embaixada do Brasil em Londres, “O Menino que Vendia Palavras”, em Portugal, e mantém intercâmbio com o ITNY, de Nova York. No ambiente online, lançou o Canal “M de Martha”, da escritora Martha Medeiros, no Youtube. Na área de patrimônio imaterial, viabilizou a criação da estátua de Nelson Rodrigues em tamanho real, situada em Copacabana, no Rio de Janeiro. Suas mais recentes produções são “Conferência dos monstros”, projeto multiplataforma que inclui série de animação musical infantil; “Maria – Ninguém sabe quem sou eu”, documentário sobre Maria Bethânia, e a plataforma de e-learning Xpertise.  Ao longo de 13 anos, suas produções alcançaram um público superior a 2 milhões de espectadores.

Céu Estrelado

Centro Cultural Banco do Brasil SP – Teatro

Temporada: 23 a 26 de junho de 2022.

Dias e horários: Quinta e sexta às 19h; sábado e domingo às 17h.

Rua Álvares Penteado, 112 – Centro Histórico, Triângulo SP, São Paulo–SP

Acesso ao calçadão pela estação São Bento do Metrô.

Ingressos – R$ 30 e R$ 15

Funcionamento: Aberto todos os dias, das 9h às 19h, exceto às terças

Informações: (11) 4297-0600.

Classificação – 12 anos. Duração – 1h30.

Estacionamento conveniado: Rua da Consolação, 228.

Valor: R$ 14 pelo período de até 6 horas. É necessário validar o ticket na bilheteria do CCBB.

Traslado gratuito até o CCBB. No trajeto de volta, a van tem parada na estação República do Metrô.

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