São Paulo, SP 18/5/2021 – Quando as tecnologias evoluem, os profissionais obrigatoriamente precisam seguir esse rumo e se especializar cada vez mais
A qualificação dos trabalhadores no setor possibilita novos cargos, salários melhores e uma vantagem competitiva no mercado industrial
A atividade do setor industrial é considerada essencial para a economia de todos os países, pois além de gerar empregos também contribui para o crescimento do PIB, segundo a Confederação Nacional da Indústria – CNI. De acordo com a entidade, a indústria brasileira emprega cerca de 9,7 milhões de trabalhadores, o equivalente a 20,4% dos empregos formais do país. Destes, 6,8 milhões estão alocados apenas na indústria de transformação. Os empregados que possuem educação técnica profissional ganham 20% a mais do que de pessoas com perfis socioeconômicos semelhantes que concluíram apenas o ensino médio regular, contribuindo para o aumento da renda per capita dos brasileiros.
A indústria é um setor que busca continuamente alcançar a alta produtividade com menores custos, o que só é possível através da inovação, dos investimentos em tecnologia e de profissionais com capacitação qualificada, informa Jandir José Milan Junior, empresário do setor de educação profissional, graduado em administração de empresas pela Fundação Armando Alvares Penteado – FAAP e pós-graduado em Administração e Organização de Eventos pelo SENAC. “Quando as tecnologias evoluem, os profissionais obrigatoriamente precisam seguir esse rumo e se especializar cada vez mais”, alega Jandir.
As profissões chaves na indústria manufatureira, diz o especialista, são obrigadas a evoluírem a fim de conseguirem explorar com a máxima eficiência as possibilidades que as novas tecnologias oferecem. Ainda alerta para o fato de que há um entendimento errôneo de que as novas tecnologias, como máquinas e robôs, avançam cada vez mais sobre os postos de trabalho contribuindo assim para o aumento da taxa de desemprego no país.
“Esta é uma análise que deve ser feita através de outro ponto de vista. Os investimentos feitos pelas indústrias em novas tecnologias fazem com que elas produzam mais e com um custo menor. Assim, os volumes de vendas se tornam maiores e acabam gerando novos postos de trabalho, nos mais diversos departamentos. Conclui-se então que as novas tecnologias gerarão mais empregos e não desempregos.
Conforme o administrador de empresas, o profissional que desejar ter sucesso nessa área precisa ter qualificação profissional atualizada e adaptada à nova realidade tecnológica. E lembra que um dos maiores limitadores da evolução na sociedade é a falta de pessoas capacitadas. “Possuímos uma massa gigantesca de desempregados sem qualificação em busca de emprego, mas todos nós sabemos a importância e a necessidade de investimentos de forma agressiva em programas de treinamento e qualificação profissional, principalmente na área industrial, visando revigorar o mercado de trabalho e atender as expectativas da sociedade”, explica Jandir.
De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e do Ministério da Economia, a indústria representa 20,4% do PIB brasileiro. Responde por 69,2% das exportações de bens e serviços e também 69,2% do investimento empresarial em pesquisa e desenvolvimento. Além disso, responde exclusivamente por 33% da arrecadação de tributos federais, exceto receitas previdenciárias. “A cada R$ 1,00 produzido na indústria, são gerados R$ 2,43 na economia Brasileira, ou seja, é um mercado que necessita de profissionais bem qualificados para cada vez mais colaborar com a economia e a sociedade”, afirma o administrador.
“Áreas como programação, robótica industrial, análise de dados, energias renováveis, mecatrônica, operação de máquinas industriais computadorizadas, além de competências fundamentais como a eletricidade e automação industrial, já são e serão cada vez mais comuns daqui para frente no mercado de trabalho. Cabe a nós nos aperfeiçoarmos para aprender a lidar com elas ou perderemos a oportunidade de evoluirmos em um mercado cada vez mais exigente e competitivo”, conclui Jandir Milan Junior, que possui experiência empresarial em diversas áreas de negócios, passando por setores comerciais e de pesquisa e desenvolvimento nos mercados de capacitação e treinamento profissional, manufatura, e tecnologia da informação.