Especialistas explicam como lidar com a seletividade alimentar das crianças com autismo

Ribeirão Preto, SP 18/6/2021 –

Segundo a Profa. Dra. Giovana Escobal e a psicóloga Dafne Fidelis, os comportamentos restritivos, seletivos e ritualísticos podem resultar em desinteresse e recusa para alimentação

A seletividade alimentar não é um problema exclusivo das crianças com Transtorno do Espectro Autismo (TEA), mas para os indivíduos que recebem esse diagnóstico podem existir desafios extras na hora de criar uma boa rotina alimentar.

De acordo com a Profa. Dra. Giovana Escobal, um dos maiores problemas na seletividade alimentar identificados pelos pais de crianças autistas é a relutância em experimentar novos alimentos. “Muitas crianças são muito sensíveis não apenas ao sabor, mas também à cor, ao cheiro, temperatura e às texturas dos alimentos. Outros vão apresentar uma seleção restrita de alguns alimentos, se recusando a comer certas coisas ou exigindo comer somente um tipo de alimento. Além disso, podem, também, apresentar manias quanto à organização da comida no prato”, explica.

Esses fatores também foram apontados em uma pesquisa da University of Massachusetts Medical School. O levantamento mostrou que 67% das crianças autistas têm seletividade alimentar.

Dentre as características que uma criança dentro do espectro pode apresentar estão os comportamentos repetitivos e restritivos. Esses impactam diretamente na alimentação da criança com autismo que, muitas vezes, se tornam restritas. É importante realizar treinos para aumentar a variabilidade comportamental em relação à alimentação.

Segundo a psicóloga Dafne Fidelis, outros fatores podem potencializar a seletividade alimentar em crianças autistas, como, por exemplo, o atraso nas habilidades motoras. “Ainda que existam dificuldades, é possível driblar esses comportamentos durante a alimentação, principalmente com o acompanhamento de profissionais especializados. Terapeutas, especialistas em ABA (Análise do Comportamento Aplicada), são capazes de ajudar os pais e crianças nesse processo”, relata.

Embora a ajuda dos especialistas seja fundamental, o papel da família é de grande ajuda. “Os pais devem criar ambientes adequados e cooperar com os procedimentos em casa para as experiências alimentares, sempre auxiliados pelos terapeutas responsáveis pelo caso”, explica.

A Dra. Giovana Escobal alerta que a introdução de novos alimentos na rotina de uma criança autista é realizada de forma gradual e seguindo protocolos da literatura. “Uma alternativa é colocar pedaços pequenos de alimentos diferentes com alimentos que já fazem parte do cotidiano das crianças”, finaliza.

Ribeirão Preto possui um instituto referência em terapia ABA para pessoas com Transtorno do Espectro Autista (TEA), o ABAcare. A organização oferece apoio para pacientes com atrasos no desenvolvimento intelectual, de linguagem, e também capacitação e consultoria para as pessoas envolvidas com esse público.

Com localização privilegiada o Instituto está instalado na Av. Carlos Consoni, 791, no bairro Jardim Canadá em Ribeirão Preto.

Mais informações sobre acompanhamentos, cursos e consultorias podem ser encontradas por meio do Facebook e Instagram @institutoabacare.

Website: http://www.abacare.com.br/

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