José Mayer, uma história na dramaturgia brasileira | GOTA

São mais de 50 anos de carreira, algumas dezenas de personagens marcantes na TV como o Zé do Burro do O Pagador de Promessas, de Dias Gomes, produzido pela Globo em 88, o Jorge Fernando de Bandidos da Falange, o Fernando Flores de Fera Radical ou o Fernando Reis de Presença de Anita. Vale destacar a marcante atuação como Zico Rosado do remake de Saramandaia, em 2013. Deu vida também a tantos pares de Helenas de Manoel Carlos.

Foram Cesar, Carlos, Pedro, Marcos… Também é um dos atores preferidos de Aguinaldo Silva, dando vida ao Teobaldo de A Indomada, ao Dirceu de Senhora do Destino, ao Claudio de Império e ao inesquecível Osnar da belíssima obra Tieta. Vale destacar a interessantíssima minissérie Agosto, em que atua como Comissário Alberto Matos. Mas não é apenas na televisão que ele se destaca, diria aliás, que é em palco que se pode ter a real dimensão do ator “José Mayer”.

Canta, dança, emociona e faz rir com a mesma aparente “facilidade”. Dono de um olhar minucioso para a construção da personagem, é um ator que surpreende nos mínimos atos. No teatro, aliás, começou ainda criança quando estudava em um seminário em Congonhas, Minas Gerais. De Minas traz toda a sua essência humana. É mineiro e não deixou de ser em quase 40 anos residindo no Rio de Janeiro. Da infância no seminário traz talvez o repertório cultural que o formou. De “O cavalinho azul” de Maria Clara Machado ao musical “Kiss me Kate”, em 2015, foram outras dezenas de peças e vários prêmios importantes.

Os filmes também fazem parte de sua carreira, dentre eles, Encantados, de Tizuka Yamasaki, lançado em 2014. Seu último personagem na TV foi Tião Bezerra em A Lei do Amor, de Maria Adelaide Amaral, em 2017. Além de ter escrito seu nome na história da teledramaturgia brasileira, foi também no Teatro Musical que protagonizou talvez um dos melhores trabalhos da dupla Moeller e Botelho, dando vida ao leiteiro Tevye de Um violinista no telhado. Diante do talento e da potência da interpretação de Mayer, a crítica foi unanime, e ele se mostrou ali como um dos GRANDES atores brasileiros.

É uma gota de história. É para lembrar. É para não esquecer.

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