Bernardo de Assis e sua natureza transformadora | PERFIL

Por tOn Miranda

Nando Reis escreveu pra Cássia Eller cantar que “Entre as coisas mais lindas que eu conheci só reconheci suas cores belas quando eu te vi. Entre as coisas bem-vindas que já recebi, eu reconheci minhas cores nela então eu me vi”. Eu acredito que as coisas mais lindas e belas testemunhadas pelo olho humano é a manifestação da Natureza: o pôr do sol, o desabrochar de uma flor, a meiguice de um filhote, as luzes dos vagalumes e a manifestação do nossa verdade natural que transforma a nossa existência, como Marisa Monte versa em A Primeira Pedra: “Deixa a sua natureza se manifestar”. Essas primeiras palavras introduzem bem meu convidado que é um artista destemido e dono de uma sensibilidade artística lapidada desde seus 12 anos quando começou a estudar teatro, o ator Bernardo de Assis.

Bernardo é um ator carioca, aquariano, ativista das causas LGBTQIA+, cuja a letra T da sigla é o que ele ocupa e faz da sua vida e arte um agente transformador de histórias e destinos. Eu o conheci trabalhando junto com ele em produções do Instituto Itaú Cultural e lá conheci um ator sedento e faminto por manifestar sua arte e suas causas.

O ano de 2020 trouxe pra Bernardo a concretização desses sonhos de forma muito contundente: o audiovisual capturou o artista e ele se viu estreando a novela Salve-se Quem Puder, de Daniel Ortiz, com direção de Marcelo Travesso e Fred Mayrink, da Rede Globo (que teve suas gravações paralisadas diante da pandemia do coronavírus) e da série da HBO Todxs Nós criada por Vera Egito, Heitor Dhalia e Daniel Ribeiro. Ele ainda aceitou nosso convite para responder as 28 perguntas da coluna PERFIL. Vamos ver o que ele nos disse?

tOn Miranda: Qual a lembrança marcante você tem da sua infância?

Bernardo de Assis: De quando aprendi a andar de bicicleta sem rodinhas.

tOn: O que te levou a se envolver com a área artística?

Bernardo: O desejo de expandir tudo aquilo que não cabia dentro de mim.

tOn: Quem é uma inspiração para você?

Bernardo: Tanta gente que nem sei.

tOn: Qual o hábito mais chato das pessoas?

Bernardo: A falta de amor.

tOn: O que você vê como seus pontos fortes?

Bernardo: Comprometimento e persistência.

tOn: Qual o mais distante você já esteve de casa?

Bernardo: Assim que eu souber onde é minha casa, eu te aviso (risos).

tOn: Cite dois ou três pratos que sua mãe ou seu pai faziam que eram especialmente memoráveis?

Bernardo: Minha tia faz uma lasanha de beringela impecável, enquanto que meu tio manda muito bem no espaguete.

tOn: Em que momento decidiu fazer do seu talento uma profissão?

Bernardo: Ainda criança, quando me perguntavam o que eu seria quando crescesse. A resposta sempre foi: ator.

tOn: Qual artista faz a trilha sonora da sua vida?

Bernardo: Cada dia é um diferente.

tOn: Quem são os seus melhores amigos?

Bernardo: Poucos e bons.

tOn: Qual canal de TV não existe, mas deveria?

Bernardo: Pensarei sobre quando tiver um aparelho de TV.

tOn: Quem são os seus heróis?

Bernardo: Aqueles e aquelas que fizeram e fazem história na luta por direitos.

tOn: Onde você gostaria ir de férias e nunca foi?

Bernardo: Índia.

tOn: Qual foi a última coisa que você conseguiu de graça?

Bernardo: Um pastel de queijo. Comprando dois você levava um de graça.

tOn: Qual filme merece uma sequência?

Bernardo: Não sou muito fã de sequências (risos).

tOn: Se você pudesse se encontrar com qualquer pessoa no mundo, quem seria e por que?

Bernardo: Federico García Lorca

tOn: O que você ensinaria a você mesmo quando criança?

Bernardo: Se eu soubesse como, ensinaria a não ter tanto medo.

tOn: Se você fosse um herói, qual seria o seu super poder e por que?

Bernardo: Voar.

tOn: Pelo o que você gostaria de ser lembrado?

Bernardo: Por lutar.

tOn: Qual a pergunta mais chata que fazem a você?

Bernardo: “Então quer dizer que você não é homem?”

tOn: Uma cor…

Bernardo: Verde.

tOn: Uma música…

Bernardo: “Hair” – Lady Gaga.

tOn: Um lugar…

Bernardo: Qualquer um com mato e cachoeira.

tOn: Um livro…

Bernardo: “Viagem Solitária” – João W. Nery.

tOn: Dia ou Noite?

Bernardo: Noite.

tOn: Doce ou Salgado?

Bernardo: Doce, doce, doce.

tOn: Um prazer…

Bernardo: Dançar como se ninguém estivesse olhando.

tOn: Uma saudade…

Bernardo: De quando não tínhamos assassinos no poder.

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