Os artistas e produtores do Coletivo Abrupto lançam a primeira obra do grupo durante a quarentena da COVID-19, curta-metragem dirigido por Pedro Caetano.
Pedro Caetano em cena do filme Frágil | FOTO: Divulgação
Por tOn Miranda
Desde o final de 2019, quando surgiram, o Coletivo Abrupto (grupo de artistas e produtores pretos e pretas) prometeu um 2020 recheado de novidades e com uma produção efervescente na cena cultural. Porém, todos fomos atravessados pela pandemia do COVID-19 (doença provocada pela novo coronavírus) e nos encontramos todos em distanciamento social.
O grupo encontrou no isolamento social, uma oportunidade de produzirem remotamente o primeiro curta-metragem, lançado nessa quinta-feira, 23 de abril de 2020, escrito, produzido e dirigido por Pedro Caetano, um dos integrantes do coletivo. Segundo o Abrupto, “Frágil” é um curta-metragem que propõe questionamentos sobre a nossa existência. Sobre o que nós permitimos e abraçamos sem ser nosso de fato. Esse trabalho chega em um momento de urgência mundial. Através de um olhar poético questiona padrões sociais que nos vemos obrigados a produzir, as conexões existentes e como através de reflexões lidamos com a reinvenção inevitável e necessária, em tempos de confinamento.
Pedro Caetano, diretor, autor e ator do curta disse: Há um ano atrás uma inquietude borbulhava em mim. A saudade da minha casa, o Grupo Nós do Morro, apertava e a vontade de ter um grupo criativo artístico inquieto experimentador provocador só aumentava. Um lugar onde criamos pra debater, questionar, existir. Surgia o Coletivo Abrupto. Num momento de reinvenção, reeducação, reestruturação do entendimento de sociedade, lançamos nosso curta, nosso primeiro trabalho. Um filme que busca rever o que somos, o que queremos, e nos pergunta até que ponto nossa masculinidade nos permite ser vulnerável? Que conexão cada um de nós estabeleceu com seu espaço, seu templo, seu lugar de descanso da alma? Onde cada um se permite ser frágil?
Fábio Ventura em cena de Frágil| FOTO: Divulgação
Além de Pedro, o filme conta ainda com as atuações de Ágata Mattos, César Melo e Fábio Ventura (todos integrantes do Coletivo Abrupto) e com as participações de Eni Almada Mendes,
Elmo Mendes, Haroldo Moura, Gabriel Delgado e Benício Soares. Uma das músicas que compõem a trilha do filme é Conte Até Três, sucesso de César Melo cantado junto com Lázaro Ramos, também lançado em 2019 no seu álbum Ela É Afro.
| SERVIÇO FRÁGIL (curta-metragem) Texto, Direção e Montagem: Pedro Caetano Elenco: Ágata Mattos, César Melo, Fábio Ventura, Pedro Caetano Participações: Eni Almada Mendes, Elmo Mendes, Haroldo Moura, Gabriel Delgado e Benício Soares Narração: Pedro Caetano Trilha Sonora Música “Conta Até Três.” César Melo. Música “November “ Cedida pelo site: bensound.com Estreia Online 23 de Abril de 2020 | 09h Local: YouTube/Coletivo Abrupto |
Confira na íntegra o curta Frágil no link do Canal do Coletivo Abrupto:
É produtor e gestor cultural, diretor de teatro e vídeo e autor de algumas peças. Amante profissional da Massagem é um paulistano que já morou por 08 anos na Flórida. Sua vida é movida a música e tem na Marisa Monte sua grande inspiração artística. Produtor de ofício, é apresentador e curador artístico do Canal Diversão & Arte. “…quem tem Deus como Império, no mundo não está sozinho…” é um dos versos da canção Magamalabares que inspiram sua vida.